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Banco Social Laguna movimentou cerca de R$ 159 mil em 2022

Criado pelo Instituto Mandaver, o banco social fortalece

a economia circular do bairro do Vergel do Lago


Por Iara Melo


O compromisso com a inserção de pessoas de classes sociais menos favorecidas no sistema financeiro, tem feito do Banco Social Laguna, no bairro do Vergel do Lago, um dos propulsores da economia circular. Somente em 2022, o banco movimentou cerca de R$159 mil reais. Fortalecendo os pequenos negócios e contribuindo para essa bancarização da comunidade.

De acordo com o diagnóstico comunitário produzido pela Kayma e a ONG Gerando Falcões, realizado em 2021, o bairro do Vergel do Lago possui cerca de 58% dos moradores em situação de trabalho informal e 78% das famílias vivem com uma renda menor que um salário mínimo.

É nesse cenário que surgiu o Banco Laguna, em 2019, uma tecnologia social com o propósito de criar metodologias transformadoras, desenvolvidas e aplicadas na própria comunidade de atuação. O Vergel carrega consigo o legado de um dos patrimônios imateriais do estado: o sururu, que possui grande importância econômica e cultural para o estado de Alagoas.

Moeda Social Sururote | Foto: Marcos da Cruz

Pensando nisso que o banco comunitário criou a linha socioambiental Ecosururu, que faz a troca da casca do marisco pela moeda social Sururote, que é válida apenas nos empreendimentos cadastrados no bairro. De acordo com Lisania Pereira, presidente do Instituto Mandaver, a moeda foi criada com a participação da comunidade e surgiu com o objetivo de desenvolver economicamente marisqueiras e pescadores a partir de sua atividade principal.

Para além desta vertente a tecnologia oportuniza acesso ao microcrédito e também o desenvolvimento de novos empreendimentos, promovendo treinamentos sobre temas como a criação de um plano de negócios, gestão financeira, marketing e outros âmbitos. “O Sururote tem trazido um grande desenvolvimento territorial para os empreendedores e principalmente para a comunidade. Somente em janeiro de 2023 já foram injetados cerca de R$ 40 mil na economia local.”, afirma Rafaela Barbosa, supervisora de microcrédito do Banco Laguna.

Clever Costa - Empreendedor Local | Foto: Marcos da Cruz

O desenvolvimento em educação financeira, poder de compra e fortalecimento econômico já é percebido nos empreendimentos locais: “eu percebi que abriram muitas portas pras famílias carentes que não tinham condições [de comprar] no dinheiro e a moeda social veio pra revolucionar essa parte. Hoje as famílias têm mais higiene por conta da moeda, conseguem comprar os produtos pra higienizar a casa, comprar comida, roupas.”, conta Clever Costa, proprietário da loja Mundaú Limpeza.


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